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Mostrando postagens de outubro, 2008

Descrevendo-me

Posso ser bela aos olhos de quem me vê, Mas, não adormecida. Vivo como mulher que pensa, sente e atua. Sou o resultado de tudo que vivi. Passado que não abro mão Nem dos momentos de tristeza... Foi vivenciando, chorando, Sorrindo, sofrendo, vibrando... Que aprendi a ser quem sou. Não espero que me dêem, busco. Não espero que gostem de mim, amo. Não fico aguardando que me aceitem Conquistei meu lugar no mundo. Sou um misto de sensações e sentimentos Que não se importa em mudar quando preciso. Não tenho respostas... Cometo enganos... Mas, aprendi a me perdoar. Percebendo-me como aprendiz da vida, Vou dizendo ao mundo que caminho... Traduzindo no rosto uma alegria Que encanta e incomoda. Entre ser princesa e me colocar a frente de batalhas Como guerreira audaz, que enfrenta às adversidades, Trago dentro do peito raízes de quem foi capaz De construir castelos, Colecionando as pedras Que encontrava pelo caminho. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Rec

EXPRESSÃO DE SENTIMENTOS

Há um desperdício em não dizer, Não falar o que se pensa. Em deixar que o outro sofra, Porque resolvemos nos fechar. Há um desperdício em não amar, Não expressar sentimentos, Não oferecer alento a um coração que sofre. Há um desperdício em não sentir, Em negar o óbvio, Buscar esquecer o amor que nasce Fechando os olhos para a vida. Há um desperdício em caminhar às cegas, Sabendo-se capaz de ser iluminado. Olhos vendados para a luz Caminhando inseguro, Sem perceber a mão estendida. Há um desperdício em querer esquecer, Quando o que se quer é viver intensamente. Perde-se muito tempo negando o óbvio. A vida passa rápido... O tempo que perdermos,Fará parte do passado. A lembrança do que poderia ter sido, É chaga que mesmo que cicatrize. Deixa marcas e dores profundas. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 20/10/2008 Código do texto: T1237874

Crimes em nome do amor?

Mais um crime bárbaro em nome do amor... Já não se consegue definir mais o que se chama de amor. Posso estar vivendo em um mundo poético e fantástico, distante do que percebemos nas relações que falam em nome do amor, mas, que mal conseguem se estabelecer como afetividade. Posso até estar fora de moda, ser considerada uma saudosista utópica e me perceberem como sonhadora, mas o que sinto em relação ao amor é diferente do que vejo. Ficar procurando culpados para a distorção de um sentimento tão nobre, não ajuda a transformá-lo. O fato é que apesar de rogarem por amor, o ser humano, sem querer generalizar, afasta-se todos os dias da essência do amor. Meios de comunicação estimulam a liberação da sexualidade. Crescem as distorções dos relacionamentos. As famílias, em novas proporções, diretrizes e estruturas, já não conseguem lidar com as demandas das crianças, dos adolescentes, porque já não lidam nem ao menos com as próprias questões. Pais que não cresceram que não aprenderam a amar. F
Não são os homens ou as mulheres que se tornaram insensíveis na modernidade. Na verdade o que se vê são equívocos, palavras que não foram ditas gerando controvérsias, distorcendo o que realmente se deseja, ofuscando o brilho que se tem nos olhos de quem ama. Ambos perderam-se em discussões inúteis de papéis e lugares, uma disputa que acarretou distorções e que transformou o ato sexual mais importante que o respeito mútuo. Percebo que, homens e mulheres buscam afeto, companheirismo, carinho, amizade, mas, colocam o desejo sexual acima do conhecimento de si mesmo e do outro. Buscam, mas temem o amor, porque se criou uma idéia de que quando se ama, perde-se a liberdade. Muitos se valem do acúmulo de relações que têm para afugentar a solidão que sofrem. Relações essas, tão superficiais quanto ao amor que dizem sentir. Desgastam-se em palavras e atitudes que não preenchem. Usam-se e são usados. Não percebem o quanto se ganha

Sentimentos

Sentimentos são indescritíveis. Não nos damos conta da extensão e influência dos mesmos em nossas vidas. Dominam nossas ações e pensamentos mais do que imaginamos. Influenciam o funcionamento orgânico, as emoções, reações, tudo... Negá-los, não os extingue. Ocultá-los, mesmo que por um tempo, não determina seu desaparecimento. Pelo contrário, se guardados, sufocam. O ar se torna insuportável. Ocasionam dores inexplicáveis e odores que provocam grande mal-estar. Sem a pretensão de minimizar algo tão complexo, acredito que se levássemos mais a sério o que sentimos, passaríamos também a nos conhecer melhor. Há pessoas que se dizem racionais e com o tempo se descobrem doentes física e mentalmente. Não se dão conta de que, mesmo atitudes mais racionalizadas, sempre estarão repletas de emoções e sentimentos. Outras se deixam levar pelo descontrole emocional e, expõem excessivamente seus sentimentos. Quando nos damos conta do que realmente sentimos, nesse universo d

Saudades

Saudades do porto seguro que encontro quando estás por perto. Das palavras que confortam, Do carinho que sustenta. Saudade de quem acaricia alma. Renova sonhos, Enriquece os dias. Saudades do amor que quero. Do desejo que alimenta. Transformando minha história lentamente. Saudades do momento que chegas. Descobrindo tesouros escondidos. Desvendando mistérios que ninguém vê. Saudades do tempo que me dispensas Aliviando as dores que sinto quando estás ausente. Saudades de sua presença querida, Que se tornou essencial em minha vida. Que me faz sonhar acordada. Voar sem asas. Desprendendo-me da realidade Levando-me até você. Saudades do amor... Saudades de amar... Saudades...

Silêncio

Silêncio... Permita-se escutar seu coração. Bate no compasso desordenado da vida. Ansioso e sem respostas. Silêncio... Precisa descobrir seus segredos. Incógnitas que a pressa não lhe permite observar. Impedem-lhe o raciocínio. Silêncio... É manhã e nada o perturba. Parece calmo sereno. Lago límpido, onde só se sente o vento. Silencia... Escuta, Sinta-o pulsando harmoniosamente. Traduzindo quem és. O que há de verdadeiro em ti. Ouça-o... Apenas escute. Renova-te e lembre-se... No descompasso que te impõe à vida. É ele quem sofre. Lembre-se... Os caminhos se apresentam. A escolha é sua. Nada é imutável. Escute-o... A direção existe. Cabe a você encontrá-la Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 02/10/2008 Código do texto: T1207227