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Mostrando postagens de setembro, 2010

Sina feminina

Tão entregue como animal adestrado, conformara-se com a vida, com o pouco, com a lida. Entregara-lhe o melhor de si. Tantos anos, tantos prantos, tanta sensibilidade adormecida. A mulher quando se casa, entrega uma parte da vida; entrega cega, imperceptível; sabotagem silenciosa que a faz seguir caminhos inesperados. Mesmo aquela que por príncipes não espera, adormece ao entregar-se ao outro, aos outros... Tão esquecida de si, tão entorpecida em seus sonhos, tão condicionada a doar, tão demagogicamente contextualizada no nada. Crescera em uma rigidez quase absurda. Para ser feliz, sentir-se feliz, deveria ser agradável aos homens... Servir, sorrir e jamais se queixar...”Homens não gostam de mulheres que se queixam, que falam demais... homens não gostam!” Pensava... O que realmente lhe importava? Agradar a si ou ao outro? Por que deveria calar-se? Onde sufocaria tantas dúvidas, tantos argumentos, tantos desejos? Era Vida o que queria e não era necessário muito! E agor

ANJO DO AMOR (ANAEL)

Silêncio interior Sereno... Tudo o que por amor sou capaz de fazer Tão bom e próximo ao bem Tão generoso e simples Asas que me levam em sensações de paz profunda! Leves... Conduzidas pelo vento! Próximas e distantes... Áurea e límpida... Envolvida pela serenidade que busco! Alma! Pluma lançada sem destino... Livre dos abismos que a terra me prende! Espaço de Paz intraduzível... Silêncio! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 24/09/2010 Código do texto: T2517243

ALMA DE POETISA

Quando todos dormem, os pensamentos ainda lhe roubam o sono. Quando vira ao mundo, sabia-se humana Hoje, mulher... Ninguém lhe roubara sonhos, Alguns se foram... Outros perderam a importância. Ninguém lhe despertara o sorriso, Nascera assim... Desperta, pronta pra servir. Ninguém lhe tirara a esperança, Esta era como planta que germina, Floresce, frutifica e cai sobre solo... Infinitamente recriada. Ninguém lhe dissera o que fazer, Seguirá intuição aguçada... Feminina, felina, mulher. Coube ao tempo e a vida Impor limites, Ensiná-la a transformar Observando com os olhos da alma Morrendo para renascer inúmeras vezes. Coube ao mundo acolhe-la... Estendendo os braços a quem quer que fosse... Recebia muito... Traduzia em mais o que pensava possuir de menos. Coube à lida o sereno encontro... Algo de si mesma Que de tudo via... Agora sentia... Despertara... Vida! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 15/09/2010 Código d

Próprio

Pudesse traduzir... Dizer o que incomoda... Acorda! Há vida que lhe espera! Entender o que almejas? Peleja! Desce de onde se encontra Argumenta... Esquece e não lamenta! Enfrenta! Adoece o corpo Resplandece a alma! Encoraja a quem lhe pede calma. Desnuda... Resplandece e luta! Não lhe cabem sonhos Que não sejam seus! Como o que se poda Incomoda! Floresce! Entoa uma prece! Transborda o que ocultas... Desnuda! Se, no entanto, vês. O que ninguém enxerga Há de tudo ser O que a outro entrega? Viva acesa chama Desse ser que ama Que jamais se rende... Veemente lida Uma dolce vita! Sábia em seus contornos Adornos! Convertendo a dor Em lições de amor! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 09/09/2010 Código do texto: T2486986