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Mostrando postagens de julho, 2010

Estações da vida

Jeito de Ser Feliz!

Corro para os braços de quem me acolhe com carinho, como criança que recebe um presente inesperado. Nem sempre sou acolhida com desejo que esperava... Mas, fiz a minha parte, estendi os braços aos abraços. Forma de ser ingênua, contudo calorosa que me faz um pouco diferente dos que se fecham ao amor. Sigo o que meu coração indica, assim como deixo que as palavras soltas se transformem e de forma sonora ou escrita, traduzam o que minha alma pede. Caminho na direção da emoção, com alguma racionalidade adquirida pelas experiências dolorosas, mas, não permito que a razão comande. O que há de mais belo no mundo do que deixar-se amar e ser amado? Também corro, literalmente, de quem não sabe sorrir, de quem se pensa apto a julgar, de quem não sabe agradecer ou pedir desculpas quando necessário for, de quem diz ter verdades e certezas, de quem não olha nos olhos, de quem não é verdadeiro, de quem se diz sábio. Sou aprendiz da vida! E quero poder ir e vir, deixando sempre o perfum

Violência cotidiana e família

            Eu sou mineira, nascida e criada em Manhuaçu, um a cidade do interior que muito me ensinou sobre solidariedade, amizade, respeito e convivência. Também por ser mineira, cresci em uma dessas famílias que estão em extinção. Aprendi a respeitar o ser humano, a tratar as pessoas com igualdade, a usar os pronomes de tratamento Senhor e Senhora quando me refiro a pessoas mais velhas do que eu, a respeitar meus pais e a amá-los. Penso que muitas pessoas que lerem esse texto pensarão: isso está fora de moda. Pois estou sim fora de moda e educo meus filhos para também para não seguirem nenhuma moda. Nunca acreditei que dinheiro em excesso trouxesse felicidade. Aprendi que mais vale o calor de um abraço do que um caro brinquedo depositado na mão de uma criança (que certamente o deixará depois que a novidade deixar de ser importante), do colo oferecido sem pressa, do afago das mãos e as palavras sinceras de afetividade que pais e mães esquecem-se de proferir e sentir, trocando

Aprendendo a dizer...Aprendendo a viver...

     Esses e todos os outros dias que já não consigo mais dizer se são segundas ou domingos, parecem sem nenhuma espécie de diferença e vida. Estou a me arrastar furtivamente, buscado nas profundezas de mim mesma. forças que ficam cada vez mais difíceis de serem encontradas.      Acordo e faço tudo o que me foi atribuído como dever, mas, falta-me a motivação, a cor que produz sonhos e nos impulsiona à vida. Confessar isso, depois de quatro anos de batalha árdua contra os resultados inesperados de uma cirurgia mal sucedida, me provoca emoções contraditórias. Nenhuma revolta ou maldizer, mas uma dor interna que não cessa e que insisto em não classificá-la como depressão.     Me rendi a quase tudo que nunca pensei em fazer uso. Já nem sei quantos dias e noites chorei lutando contra esta visita indesejada. Recordo-me os dias onde pensava seguir caminhos que foram escolhidos por mim e, pasmo diante de minha pretensão. Pensava ter todas as respostas, todos os antídotos... Ledo enga

AMOR? VIOLÊNCIA E MORTE!

Primeiro dia depois que resolvi viver...

           O sono era conturbado, as dores e dúvidas muitas. Já havia levantado inúmeras vezes sem nenhuma vontade de ficar ali. Há muito me isolara na cama, deitando em posição fetal, buscando aquecer meu próprio corpo. À noite, engolia com seus assombros e os sonhos me furtavam o sono. Vinham todos os anseios, todos os desejos de uma só vez. É estranho quando se tenta fazer de dias e noites um passamento de vida. Não é possível observar em que dia da semana se situa e as horas tornam-se pesadas demais, longínquas e perturbadoras. Tudo que sentia é que perdera completamente meus objetivos, poucas certezas tinha e, a sensação era sempre acompanhada da pergunta: O que fazer agora?             Na escuridão da noite, podemos vislumbrar o que há de mais obscuro em nós mesmo. No silêncio, somos capazes de comungar sem digerir nossos pensamentos mais fortes e verdadeiros. Sentia-me refém de uma dor interna que não passava, perdida como menina em um bosque escuro e aparentemente per