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Mostrando postagens de agosto, 2010

Fragmentos

Queria estar só, mas, minha outra parte, Agora distante estava.  Sentia-me fragmentada... De certa forma sabia que assim me sentiria. Perdi partes de mim que se distribuíram As escolhas que fiz... As pessoas que amei... Os lugares e momentos que eternos, Pediam certo ritual de repetição. Se assim não fosse, Ao menos continuidade... Queria mesmo estar ali,  Mas, dividida entre tantos fatos e sentimentos. Só me restava à saudade! A saudade esgotava-me!  De tanto pedir...  Perdera-me! Pretendia centrar-me... Mas, sou muitos pensamentos em um só corpo. Jamais estarei completamente presente... Diversos fragmentos, Que erroneamente consideravam-se um todo Vagam por entre os caminhos que um dia trilhei. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Idade interna...eterna...

É preciso seguir!

Muitas folhas de minha agenda estão em branco. Recuso-me a instalar a inércia A aceitar rótulos Confesso que quando as vejo assim... Vazias... Tenho a impressão que, Em alguns momentos, aceitei o que a vida me impôs! Por outras vezes, Rompendo meus limites, regras e preconceitos, Ousei Transgredir. Hoje, resolvi preencher a página de esperança... Nela me seguro, Preciso reconstruir o caminho! Uma amiga me alertou sobre o deserto que me conduzia. Não o quero! Retorno à vida! Nela, ei de florescer. Dela extrairei forças, Em sua companhia, quebrarei os ventos. Que me estagnaram por tanto tempo! Tenho um coração que se recusa a adormecer! Nele confio, dele me renovo... É preciso seguir! Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 23/08/2010 Código do texto: T2453994

Quando comecei a servir o mundo...

Consciência Política

Chegam a me dar náuseas as palavras e promessas que escuto em períodos eleitorais. Não sou nenhuma especialista em política, mas, sinto-me ofendida com tantos discursos elaborados, feitos para ludibriar e confundir o eleitor. Gestos, palavras e frases feitas que são cuidadosamente pensadas para acreditarmos no impossível, a postura honesta e íntegra de representantes legítimos. O que talvez mais nos angustie é a visão de que antes acreditávamos em mudanças e lutávamos por elas, atualmente, nos “acostumamos” a rir e fazer piadas de uma situação imoral, onde a honestidade pode ser traduzida em montagens muito bem elaboradas que têm o objetivo de forma opiniões a respeito de pessoas que nem sempre dizem o que querem dizer. Quantas inverdades, quanta ofensa quando candidatos proferem palavras de deveres como se favores estivessem fazendo. Salários que nos ofendem e, duvido que se esses Senhores e Senhoras, não vislumbrassem o enriquecimento através da política e se, o exercício de ca

Tudo em ti...

Tudo em ti... Parece que nada mudou... Continuas a procurar algo que não lhe pertence Tornando complexo o que poderia ser banal Batendo em portas que não se abrem Fugindo de sentimentos que vivem dentro de ti. Muito embora saibas que são outros seus desejos Em direção contrária, segues. Tão perdidamente cego Tão verdadeiramente equivocado Não consegues perceber a Luz Irradiando de dentro de ti. Caminhas a ermo Enquanto mãos lhe oferecem amparo Vislumbras horizontes inatingíveis E bem próximo de ti Encontra-se tudo o que necessitas Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 16/08/2010 Código do texto: T2440741

Viver a vida

            Nunca sei o que é devido e o que me cabe. Dúvidas que carrego como uma incômoda cólica e que sei que me atormentarão do berço ao túmulo. Há entre o que posso e o que o quero, uma distância enorme. Distância que me coloca muita das vezes em uma encruzilhada permitida e descabida, levando-me a insatisfações quase tão tardias quanto o auxílio médico quando o espírito já se foi do corpo. Não ligo muito para o que pensam, não me importo nada com o que fazem, sigo indefinidamente. Meus instintos seguem meio    que atormentados e perdidos entre os deveres que a vida me impõe. Sou uma mistura fina de muitas sensações e sentimentos que nunca são negados, mas, por vezes, são legados ao esquecimento. Toda pressão que me causam quando os olvido fornecem-me uma tristeza inexplicável que transborda pelos olhos, uma insatisfação aguda, quase crônica e terminal.               Não é que eu queira transformar a vida em um caminho aleatório e questionável... Na verdade penso mesmo que a

Os dois lados

O que não contei...

O que não contei... Não contei que o que doía era a mágoa do que deixei de viver por tanto tempo, permitindo-me ser conduzida pela vida, sem a preocupação de intervir nos fatos que realmente me incomodavam... Não contei que já estava cansada de servir e encontrava-me disposta a ser servida com palavras e olhares que não mais me julgariam, ascenderiam as chamas da esperança. Não contei que a vida era muito mais significativa do que todas as histórias que haviam me ensinado. Por fim, não contei que exausta, ainda preferia estar só, em um mundo só meu distante de achismos e palavras que nada acrescentavam. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer Publicado no Recanto das Letras em 11/08/2010 Código do texto: T2431656

Silêncio incômodo

Silêncio incômodo Por que me olhas? Por que te calas? Pergunta-me... O que tens medo que lhe diga? Interroga-me sobre as dúvidas que tens. Nunca pedi esse caminho... Nunca desejei que fosse assim... Era tão pouco o que queria E tanto me faltou! Por que não me pedes a verdade? Diria-lhe mesmo que sangrando Preferes não saber Preferes olhar-me Depositando em meu coração Todas as angústias que sentes A defrontar-se com a verdade. Por que não me pedes que lhe diga Nada esconderia Minha alma é liberta Meus pensamentos transbordam Meus olhos refletem Basta que queiras saber... Por que permitistes que eu me fosse. Não percebeu Não quis. Ou a certeza o conduziu ao descaso E agora... Desse olhar, só ressentimento. Mágoa, desconfiança, dor. E tu te calas, Ausenta. Contentando-se com o que ainda pensas possuir. Dores... Lágrimas... E sabes que foste também responsável pelo caminho. Por que te calas? Alivia-me a alma Pedindo-me a verdade! Wanderlúcia Wele

Amor e vida

Devaneios