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Mostrando postagens de junho, 2013

Vazio significativo

Que vazio é esse que as pessoas dizem sentir? Vazio de vida, de toque, de olhar. Simplicidade e cumplicidade que se perde no atropelo dos dias. Guardamos sonhos que nos sobrecarregam, os anos passam e eles não deixam de existir. Sobrepeso que se conduz sem perceber. Incomodam, desassossegam a alma e, sutilmente nos sugerem mudanças. Inquietude saudável desperta por olores passados e anseios de futuro. Existências que necessitam de vivências menos estruturadas e mais perceptivas. Zelo que se deve ter com a oportunidade diária de recomeço. Necessidade básica de perceber que vivemos momentos insubstituíveis, únicos. Ninguém está completamente vazio, é preciso ter coragem para revirar os compartimentos da alma e selecionar o que nos é essencial. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Educar

Sempre ouvi dizer que educar é uma arte. Como tudo que envolve arte, educar é um processo que exige tolerância, paciência e persistência. Requer aprimoramento diário, arestas que são aparadas carinhosamente e, por vezes, com insistência e certa dose de autoridade que demanda exemplo. Alertas que fazemos a nós mesmos e aos que nos são confiados. Algo que já aprendi, é que nossas atitudes devem ser coerentes e que nossas palavras só têm peso quando exemplificadas. Educar é saber ser firme quando necessário e acolher quando se percebe a fragilidade da alma. Percepção que só acontece se estivermos atentos e disponíveis para o exercício do amor. Wanderlúcia Welerson Sott Meyer

Amor

Cenas cotidianas me encantam. Procuro observá-las com olhos de aprendiz. Aquilo que absorvo como aprendizado de vida pode vir de situações simples e inusitadas. É o olhar que diferencia o valor. Desperdiçamos tanto tempo nos “pre-ocupando” e, perdemos diversas oportunidades de ver além das vidraças empoeiradas da alma. Adoro esperar ônibus, faço isso com frequência. Aprendo com o que vejo e ouço. Ontem, quando a porta do ônibus se abriu e, eu aguardava que os passageiros descessem para que pudesse subir, observei uma cena extraordinária e, generosamente, impregnada de afeição. Um casal de idosos, cabelos em neve, traços definidos de história demarcados no rosto. O senhor desceu calmamente, estendeu a mão a sua esposa e disse: “Venha querida, estou aqui!”. Ela lhe deu um sorriso e disse: “Sempre!”. Estremeci de emoção, reconheci no gesto, no olhar, na energia traduzida em carinho sincero o verdadeiro sentido do Amor.

Clara vivência

Tudo está tão claro! Tranquilidade traduzida em vontade Espera serena de quem aprende que há sentimentos extensos Nobres e estáveis que envolvem sem absorver Nem tantas dores, nem pranto Encanto incompreendido da realidade vivida Buscar-se, amar-se, entregar-se Sem muito espera, doar-se... Pacífico coração que compreende, aceita, redime Redimensiona o que antes pouca vida apresentava Reserva de sensações inalteradas Germinam quando menos se espera Supera, sossega e sorri É fato! Nada é absolutamente exato...  Wanderlucia Welerson Sott Meyer